Tão simples e tão complicado!
Viver pode ficar muito complicado. Não digo complicado de difícil. Penso em complicado como um novelo emaranhado.
Por vezes parece que pegamos numa meada*, de uma cor linda, textura macia, com grande potencial. E tentamos fazer um novelo. Mas esse novelo fica com fios entrelaçados e cheios de nós. E no final o novelo que imaginámos não é igual ao que temos.
Se formos tricotadeiros treinados, a probabilidade disso acontecer é muito reduzida. Dominamos os fios e como os devemos manobrar.
Mas antes disso, sabemos exatamente que fios comprar. É o primeiro passo para a peça fabulosa que queremos tricotar.
Tudo vai depender de nós. De conhecer o método, a forma de melhorarmos as nossas capacidades de tricotar e de escolher a peça que queremos produzir.
Mas quanto pacientes somos nós para tricotar? Quanto somos persistentes em dominar a técnica e conseguir terminar a peça? Quanto somos humildes para reconhecer qual a melhor peça para cada momento?
Quando não dominamos a arte, podemos usá-la incorretamente. A incorreção leva-nos a produzir peças que não correspondem às nossas expectativas. Quanto maior for a peça maior a complicação.