Desafio 52 semanas – semana 3

Hoje foi dia de por em ação o desafio número 3. A terceira semana das 52 (podes ler mais sobre o desafio aqui).
A carta escolhida para esta semana, é a carta com a mesma numeração. O passeio sugerido leva-nos a visitar a cidade numa outra perspetiva da história: A da indústria. 
Como aconteceu nos 2 desafios anteriores, as cartas vão funcionar só como direcionamento. É um percurso conhecido para mim, por isso vou saltitar a minha atenção de alguns pontos. Mas se replicarem, vale a pena o passeio original!
Para este passeio levo uma convidada especial. Alguém de quem já falei no blogue, a minha irmã Ana.
Queremos aproveitar o passeio para um extra no final. Invertemos o percurso da ordem descrita na carta. E assim, pomo-nos a caminho do Largo de São Paulo até ao Lx Factory, em Alcântara.
Do largo seguimos em direção ao Mercado da Ribeira. A partir daqui andamos para oeste pela Rua D. Luis I. 
Logo no início do nosso passeio começamos a aprender a cidade das indústrias de ontem e dos negócios de hoje. 
Nesta arquitetura viajante, prédios de várias gerações intercalam-se. Lado a lado, frente a frente, temos o velho e o novo e o velho que se fez novo, numa comunhão desafiante. 
Por todo o lado se reconstrói e dá-se novas oportunidades. Esta já foi uma cidade em desuso. Já foi caída. Agora levanta-se em frenesim. Na paisagem emergem as imponentes gruas, edifícios tapados e andaimes. Mesmo assim, faz-se sentir a beleza de tudo o que rodeia. E as paredes fazem e contam história.
No largo de santos ainda não se fez sentir a reconstrução da cidade. Consta que será para breve. Por agora mantém-se este jardim, pacato durante as horas de luz, e agitado nas horas mais altas do dia.
A partir daqui o roteiro faz-se pela avenida 24 de Julho. Seria também um passeio interessante seguir pelo interior de Santos, mas ficará para outro dia.
Acompanhamos a estrada, a linha de comboio, e do lado de lá seguem corredores e ciclistas. As manhãs de Domingo são diferentes. Mais agitadas por pessoas do que por carros.
Está sol. Uma ótima manhã para nos perdermos em passeios. 
Alguns metros à frente, mira-se o caminho desde o primeiro patamar Miradouro da Rocha Conde de Óbidos. Daqui avistamos a avenida e os edifícios do porto a estenderem de vista para o rio. Vemos a ponte e as docas ao fundo. Sabemos que estamos a meio do caminho. Por aqui podíamos continuar até ao topo do miradouro e do seu jardim, às Janelas Verdes, ao Museu nacional de Arte Antiga. Locais muito interessantes para visitar.

Mas hoje o destino é outro. Atravessando a avenida para o lado de lá da linha de comboio, aproximamos do porto. Daqui até Alcântara temos a companhia de barcos adormecidos no Tejo. E num espaço amplo, adultos e crianças divertem a manhã de Domingo com brincadeiras de 2 e 4 rodas. 
Bicicletas, patins, skate e outros divertimentos de pedais circulam junto ao rio. E enquanto uns brincam há quem beberique café sob os raios de sol de inverno.
O largo passeio termina nas Docas de Santo Amaro, vulgarmente conhecidas por “as Docas”. Também aqui se faz sentir o desporto matinal. As corridas continuam, mas os desportos náuticos também se pronunciam. Ao fundo, sob a ponte, o padel está em voga.
As esplanadas ainda dormem. Uma ou outra começa a despertar para refeições ao largo do Tejo e do baloiçar dos pequenos barcos aqui aportados.
O nosso destino fica do outro lado da avenida. Ainda existe rescaldo da época natalícia. A Feira Popular ali montada para fazer tradição alegra a paisagem e funde-se de colorido nas cores mais adormecidas que envolvem o espaço.
Alcântara tem edifícios muito bonitos, mas ainda não teve a intervenção de outras zonas da cidade. Aqui existem grandes promessas de arquitetura. Mas até lá, prevalece o cinzento e algumas cores pasteis desgastadas no tempo.
Toda a confusão que por aqui se faz sentir é parte do encanto. E prova disso é a antiga fábrica, que agora alberga comércio, restauração e criatividade. Aqui cintila energia.
Ao passarmos por baixo das letras luminosas da entrada, agora desligadas pelo cedo do dia, acedemos a outra Lisboa. Uma em que tudo não só parece, como é diferente. 
Entre pessoas fantásticas, saboreiam-se pratos e respiram-se ideias. Lê-se devagar e o vintage é verdadeira moda, na casa e nos acessórios. 
Aqui partilham-se espaços de trabalho e fazem-se parcerias. 
Um lugar mágico para quem procura inspiração para novos projetos. 
Um lugar descontraído para longas conversas entre doces, salgados ou bebidas quentes.
Um lugar onde o campo vem á cidade com frequência. E onde nos mercadinhos temáticos de Domingo se encontram coisas novas.
Hoje, depois da habitual paragem no Café da Fábrica, vagueamos no Lx Rural.
Um mercado de aromas e cores. Onde encontramos ingredientes diferentes, cosias novas para levar para casa, outras que já conhecidas chegam até nós com um sabor da terra.
Enchemos os sacos de doces, pães caseiros e legumes variados. 
Apressamos o passo até ao Largo do Calvário, para ir fazer o percurso de regresso de elétrico. Voltamos para casa alegres e cheias de apetite!

Os Domingos por aqui tem um encanto. Mas os outros dias também! Não deixem de visitar!
Com amor,
Judite <3