A história das linhas escritas
Quantas linhas tens em branco?
O que desejas escrever?
Passamos a vida a fazer tantos rascunhos. Mas quantos textos definitivos entregamos e acenamos em vitória?
Passamos a vida a fazer ensaios, Mas quantas peças estreiam em palco?
Quando pomos nos dois pratos da balança o querer e o fazer, o sonhar e o concretizar, temos tantas balanças desequilibradas. E a espiral da decisão pode dominar-nos se não intervirmos em nós próprios num qualquer sentido.
Por vezes passamos por momentos em que deixamos de conseguir medir ou contar. A procrastinar numa ação ou decisão.
Mas eu acho que o que é nosso, a nós estará atribuído. E para concretizarmos o nosso caminho precisamos de passar alguns obstáculos. Aqueles que nos darão o gosto doce da concretização.
As transposições que precisamos de passar, podem ganhar várias formas e dinâmicas.
Podem ser como um jogo de computador. Em que temos de terminar a missão para desbloquear a próxima, no menor tempo possível. E quanto mais eficazes forem na tática e descoberta, novas missões desdobram-se numa animada e viciante jogada.
Mas também podemos ter um peddy paper. De pista em pista. Calmamente. Refletidas, ponderadas e analisadas de ponta a ponta. Reinterpretadas na forma, na cor, na gramática e na história. E depois, completada. E o ciclo renova-se. Uma nova pista. Uma nova demanda de observações.
Pode ser um conto, que de linha a linha, de página a página, se desdobram em novas histórias e acontecimentos. Com vista a um grande final.
Mas qual o código, a forma ou a norma correta?
Nenhum! O que importa és tu!
As linhas que tu queres escrever. E toda a energia que possas dispor para o fazer. E que disponhas toda a energia que te proponhas. E que proponhas tudo o que te faz bem!
Sente o ritmo. Sente o caminho. E deixa que as linhas da vida sejam escritas por ti.
De alma e coração.