Quando menos é mais

Somos acumuladores.

Acumulamos umas tantas coisas, material, objetos sem emoção.
Acumulamos memórias, sonhos, pessoas.
Acumulamos histórias e sentimentos.
Acumulamos desejos não concretizados.
Acumulamos…
Acumulamos…
Acumulamos…

Quando preparamos uma mala de viagem, se ela levar no máximo 15 litros, leva 15 litros.
Não conseguimos enchê-la com 16. É fisicamente impossível manter a integridade da mala desta forma.

A física também atua connosco.

Mas com as nossas vidas somos mais teimosos quando queremos aumentar a bagagem.
Porque quando queremos levar outras coisas, a maior parte das vezes não as substituímos.

Queremos sempre pôr mais e não olhamos a deformidade da nossa mala,

E a bagagem começa a ficar cada vez mais ingerível.

É isto que muitas vezes fazemos a nós próprios: tornamos-nos ingeríeis. Nas emoções, na razão, no propósito, na quantidade de coisas que passam a ser tralha que nunca irá sair da mala a não ser para lembrar que a devíamos ter deixado em casa.

Há que ser bom a arrumar malas, para que a viagem seja um sucesso?
Não propriamente. Apenas levar até quanto dá.

É nesta quantidade que devemos agir: tirar o que está a mais, substituir as peças e levar apenas as que são importantes.

Depois de uma mala bem arrumada… tudo está pronto para uma bela viagem!

Com amor,
Judite <3