Bem-me-quero
Lembram-se daquela lengalenga de primavera, que despetalando numa flor, íamos saltitando ao som de uma cantiga “mal-me-quer, bem-me-quer, tudo, pouco, nada…”?
Centrávamos uma energia imensa em saber se aquela pessoa que estava na nossa imaginação, nos queria mal, bem, e quanto bem nos queria.
Quando calhava um “mal-me-quer”, a tendência para atirar rapidamente o caule da flor despida e trocar por uma nova, era quase imediata.
Procurávamos um “bem-me-quer”, um “tudo” ou “muito”. Desprezávamos o “mal-me-quer” e o “nada”. Não há lugar em nós para quem não nos quer. Não é verdade?
A verdade é que não se observa ser assim tão simples. E porquê?
Não será o outro que bem ou mal nos deve querer.
Porque nada é mais importante que o amor próprio e auto estima, quando tratamos de relações. Sejam elas a que nível e intensidade forem. Antes de tudo, deve estar o EU.
Assim a cantiga que outrora nos encantava, devia ser hoje substituída pela análise cuidada de nós próprios.
Sabes o quanto bem ou mal te queres?
O que fazes para ti, por ti, e contigo próprio?
Muito importante!Independente de quantas responsabilidades tens, das coisas que tens de superar todos os dias. Que estejas na melhor forma de ti. Que cuides de ti. Que estejas bem, para fazer bem e o bem, onde intentas a tua energia.
Despetala a tua flor. Descobre em que nível de compromisso estás contigo. E se não és a melhor versão de ti, procura. Mas procura com empenho.
Sê quem te apaixona!
Sê quem te põem o sorriso na cara!
Sê quem te traz o melhor do mundo!
Sê o amor que tens para dar!
Se te deres a ti primeiro, não vais te vais esgotar em ti. Vais exponenciar o que podes dar aos outros!
E assim, o bem-me-quero vai estar sempre presente…
Com amor,
Judite <3