Em seda ou em linho… que haja amor!
Ouço frequentemente alguns comentários sobre a minha participação e as muitas partilhas que faço nas redes sociais.
Se muitas vezes se focam em alguns agradecimentos por algo que a minha partilha possa contribuir, também existem as intervenções que realçam um certo desagrado ou incómodo porque em algum julgamento, se considera que não o deveria fazer.
É a partir deste “partilhas muito da tua vida” que venho escrever-vos hoje. Com algum sarcasmo, admito, mas com uma inteira mensagem de tolerância. Um pedido para este 2017 que ainda agora começa e que nos traz um novo ciclo.
A verdade é que sim: uso e abuso das redes sociais!
São a minha montra… ora então tenho que expor aquilo que em trabalho ou com a pretensão de ter trabalho, posso precisar de mostrar. E quando digo precisar, não o digo em criação ou falsidade, mas apenas a parte de mim que é importante sobre o meu percurso, sobre a essência de mim e das minhas actividades profissionais que me levam até ao meu público. O resto, embora eventualmente possa partilhar, é meu e só meu.
Posso, na minha fraca capacidade de ironia, deixar aqui uma perguntinha: “Senhores críticos, acham mesmo que a minha vida é só aquilo que partilho? Não acham que sou mais feliz do que isso?”.
Se existem invejas, que sejam pelo trabalho duro, pelo empenho, e não pelos posts floreados que possam ver aqui e ali!
Sarcasmos e ironias à parte, vamos agora falar de coisas sérias! A tolerância e a aceitação de um mundo heterogéneo.
Encontro frequentemente na minha vida, nos vários contextos, as pessoas mais intolerantes do mundo (julgamento meu, claro!), que me põe a pele em tremenda irritação, e uma vontade de abanar o ser vivo que se apresenta à minha frente.
Qual intolerância que tenho direito, não fosse eu humana.
Respiro fundo e mais fundo, e limpo a minha mente deste pecaminosos pensamentos e sorrio. Aprendi a sorrir para mim quando me defronto com incompatibilidades relacionais, transportando-me para outros lugares e situações muito mais agradáveis. Não fosse eu uma grande adepta do riso, área onde até percebo de alguma coisa sobre o tema!
Mas apesar disso fico triste.
Triste com a desumanidade com que nos julgamos uns aos outros.
Tal como referi, não sou perfeita e tenho os meus momentos de fraqueza, mas a humanidade vive em constante fraqueza.
E a intolerância vem de toda a parte. E ninguém se admite nela.
(E eu? Quantas vezes entro em negação!)
Vivemos num convívio social em que os engravatados criticam os fatos de linho, e alguém de chinelos e calções só encontra defeitos nas camisas brancas e sapatos engraxados.
E nas respectivas tribos não há espaço para nada mais que não seja o igual! E que sejamos todos cópias e reflexo do ideal de vida… o nosso claro!
E quem não nos repete em imagem e semelhança, não serve, está errado e não encontrou a verdadeira razão da vida!
Acontece que ninguém está errado, tanto quanto não está certo!
Desde muito nova, tanto quanto me consigo lembrar, quis viver a minha vida em liberdade.
E o que significa isso para mim? Fazer o que me faz feliz e completa. Qual gravata ou chinelo, que venham os dois ou até nenhum!
Se me sentisse assim de camisa branca a dirigir o não sei o quê de uma multinacional, porque haveria de negar o meu desejo?
Porque seria menos lúcida em busca da minha felicidade?
A verdade é que o meu conceito de felicidade e plenitude passa por outras coisas. Não quero a tal cadeira e ambiciono pelo mundo de outra forma.
Trabalhar com Desenvolvimento Pessoal é para mim. É realmente o meu caminho, hoje! E faço-o porque acredito no amor pela vida e na felicidade das pequenas coisas.
E que cada dia eu esteja um passo mais perto do meu sonho de vida! (Aquele que de foro pessoal, não vou partilhar, claro!)
Mas se concordo que o Desenvolvimento Pessoal é para todos, para melhor entendimento de nós próprios, do conhecimento do nosso caminho, que até pode ser para melhorar a capacidade de sentar na cadeira!
Fico igualmente aborrecida das campanhas constantes das facções desta luta, dos que o rejeitam ou não vivem em seu nome, e dos que nele trabalham e o vendem.
De que ou estás de um lado ou de outro. E que se não és um nome importante com uma cadeira grande não mereces o teu espaço, nem devias viver. E que se não és facilitador de essência não vez a luz, e não mereces pedir para ser feliz!
Quero começar o ano com esta limpeza feita, um desabafo que há muito queria fazer e que o tenho evitado, porque tem muito de pessoal.
Mas porque também me abraça na minha missão profissional, fica aqui o pedido: Há espaço para todos, para tecidos de todas as cores e texturas, foquem-se em que haja amor!
Que cada dia, eu sinta como me sinto hoje, uma passo mais perto de mim!
E que cada um de vós, seja qual o vosso sonho, se sintam capazes de se aproximar de quem são, dando cada passo a cada dia, com a melhor certeza de que é esse o caminho e que o vivam com no coração!
Um ano de concretizações em amor para todos!
Judite <3