Ritmos Biológicos e o Melhor de Nós

Este artigo veio parar aos meus sentidos numa rede social:

“Estudo diz que acordar antes das 10h da manhã é equivalente a tortura” (http://www.pensarpositivo.pt/2016/06/21/estudo-diz-que-acordar-antes-das-10h-da-manha-e-equivalente-a-tortura/)

E eu digo: Cientificamente comprovado… Eu comprovo!

1. Ter o despertador a tocar às 7 da manhã é uma tortura, a essa hora até o dia está a dormir 😂😂😂

2. Como me posso deitar cedo se a minha hora mais criativa do dia, com melhor desenvolvimento do meu trabalho e das restantes coisas que amo fazer é das 23 às 3???
3. Por causa disso sinto muitas vezes a ressaca de não ter dormido as horas que precisava por ter de levantar cedo!

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Este é um tema muito polémico quando dou formação de Gestão de Tempo em organizações, e acredito que pode ser também aqui na leitura destas linhas…

“Lei dos Ritmos Biológicos”
… e quando aqui chegamos a sala de formação, vira a feira.
Qual acordo e desacordo, qual desagrado e agrado pelas opções das entidades patronais… (uiiiii aqui entra o melhor de mim como formadora e gestora de grupos! tudo se resolve, e… o tabu já o deixou de o ser)

Na verdade uma das (acrescento até das mais importantes) formas de sermos mais eficiêntes e eficazes em tudo o que fazemos, de sermos mais criativos e inovadores, de darmos o melhor de nós é: Respeitar os Ritmos Biológicos.

Mas: como?

Tenho verificado nas minhas interações profissionais que existem muitos gestores e empresas a terem em atenção a este tema.

E é verdade que cada vez mais ouvimos falar de flexibilidade horária, trabalho comissionista e por objectivos, teletrabalho, além de todas as trocas de carreiras tradicionais pelo investimento no empreendedorismo de negócio.

Até que ponto estamos enquanto sociedade preparados para compreender o que isto implica, respeitar esta holisticidade laboral?
E como o fazemos quando os nossos clientes tem um horário rigido? Quando temos de ter reuniões (precisam mesmo de todas?!)?

Quando, quando, porque, porque…?

Existem formas, muitas, mas a questão é que enquanto seres sociais estamos a ver uma realidade nossa, e que nem é assim tão nossa.

Fomos aprendendo-a e estamos condicionados a ver outra forma, porque não a conhecemos…

Neste mundo em que vivemos, em contraste aos patrocionadores deste resgate da nossa liberdade enquanto os seres vivos que somos, também existem muitos opositores, no medo do melhor que a mudança nos pode trazer (e nem é preciso tão grandes mudanças, para vermos as gigantes diferenças).

Pessoalmente já fui “desrespeitada” por pessoas próximas de mim, por considerarem que por não estar num escritório, fechada das 9 às 18, estou permanentemente de férias ou de folga e que devo estar disponivel para cafés a qualquer hora (?!?!?!?), que tenho uma boa vida (aceito 🙂 ) porque não faço nada / não trabalho (?????????????? o quê ??????????????)

Na verdade o segredo é encontrar o melhor equilibrio dentro do que podemos fazer para o nosso melhor enquadramento… para ganharmos umas coisas temos de renunciar a outras. É tudo uma questão de prioridades (outro tema polémico)

A questão que te deixo é:
E tu, como enquadras o teu ritmo biológico na tua vida e nos teus compromissos sociais e laborais?