Simplifica a tua vida, com presença!

Ás vezes complicamos aquilo que é simples,
deixamos coisas para dizer, porque temos coisas para fazer…
após anos em que “não tinha tempo” hoje tento cada vez mais estar presente, e por isso estou a fazer muitas mudanças na minha vida…

Encontrei esta publicação, e decidi partilhar convosco o meu processo pessoal.

“Trocamos dois dedos de conversa, mas deixamos histórias por contar, sorrisos por ver e abraços por dar. Perdemos tardes infinitas, serões irrepetíveis e manhãs para sempre; porque temos sempre mais que fazer ou um story para carregar.”

Hoje, quando alguém me liga, para marcar qualquer coisa, tento marcar logo, um dia, uma hora, e fechar a agenda para esse momento, nem que seja para daqui a 2 meses. Porque 2 meses é uma certeza (pelo menos a mesma que amanhã ou daqui a pouco). Um dia, nunca o será.

No verão passado fiz umas férias que não calhavam bem na agenda, e que em cima da hora de as reservar um imprevisto fez com que também já não ficassem tão bem no orçamento. Mas que calhavam bem no meu coração. Pelas pessoas que levava comigo. Se não fosse e algo acontecesse entretanto, ficaria de coração partido.

Há quase 20 anos o meu avô deixou de estar fisicamente presente, neste mundo. Apesar de viver a 500 metros, e passar à porta todos os dias, não o vi durante os quase 2 meses anteriores, porque estava de “birra”, zangada com o mundo, qual boa adolescente…

Durante muitos anos, perdi, por “falta de tempo”.
Várias vezes perdi-me a mim. E um dia quis resgatar.

Nos últimos tenho lutado contra esta “falta de tempo” para cultivar o estar presente. Nem sempre é fácil desprender de velhos hábitos, mas estar consciente da dinâmica, faz metade da presença.

No outono passado recebi uma notícia de um ex colega de trabalho, por quem tinha estima, com o qual fiquei com um almoço adiado durante anos. No dia em que me contaram que tinha partido, de um minuto para o outro, percebi que tinha tido quatro anos para “lhe retribuir um almoço” e não o fiz, porque “não tinha tempo”. Sendo que almoço (quase) todos os dias…

Poucos dias depois faleceu uma velha tia avó, que sempre nos quis tão bem, e de quem tenho memórias de muito bem querer. Tinha estado com ela umas semanas antes, visitei-a com a minha mãe, e ficámos ali, numa pequena tarde de tertúlia, onde ela já fraquinha deslumbrava a pessoa que recordava, após anos sem a ver.

Levei um abanão… e andei algumas semanas “a bater mal”.
O que ficou por fazer…
O que poderia ter ficado…
Os “s” assolam-se nestes momentos.

E, naquele momento percebi, que na verdade as minhas tentativas de estar presente, ainda não eram assim tão suficientes, pois muitos dos planos e desejos de pessoas e lugares ainda “estavam na gaveta”.

Neste entretanto tenho investido muito mais para que a vida seja mais importante que tudo.
E até ando a fazer aquilo que uma “boa virginiana” tem dificuldade: delegar, confiar noutros para fazer tão bem como si própria… tem sido doloroso, mas a visualização de todas as melhores possibilidades que daí podem vir, são muito melhores!

Não quero ter mais histórias destas para contar…
Quero viver mais, de verdade
Quero estar presente, de verdade
Quero ser mais eu, de verdade…

A vida não se repete, precisamos de ver quando ela está connosco, e vivê-la no mesmo minuto!

E tu? Tens histórias destas para reformular no presente e futuro?
Tens algo para dizer a alguém que ainda não disseste?
Fazer algo por ti, que ainda não fizeste?