Mundo ao contrário

Por estes dias muito se tem falado de empatia pelos que sofrem, numa dor sofrida na imaginação de que como seria se a catástrofe nos assomasse à porta…

Mas…

… será que a catástrofe não está já “à nossa porta”?

A catástrofe de que vivemos corridos, numa busca constante e infernal, que elimina a vida e dá lugar ao rame rame de quem corre pagando com tempo o que busca para ter tempo…

Confusa?

Bem…

Vivemos num mundo em que a maior parte de nós madruga e abandona as suas casas, as pessoas e outros seres que ama, as atividades que as completam e lhe fazem bem, para ir conquistar formas de pagar tudo isso, e voltando no final do dia, cansadas sem tempo de usufruir do motivo que as fez sair…

É irónico, não é?

Os dias passam, os anos passam, a vida passa…

E o rame rame continuou, para muitas, sem satisfação adicional, sem evolução pessoal, sem nada que faça um real balanço positivo de toda uma vida…

Olhamos tantas vezes para fora, que não damos conta do que realmente importa…

E empatia precisa-se, sim, só que antes de a fomentar para fora, comecemos por cuidar da empatia com a nossa alma, com a sua missão e propósito.

Vamos olhar para formas orgânicas de vivermos na nossa harmonia.
Vamos doar o nosso tempo a nós mesmas.
Vamos criar o ambiente de paz interno.

É muito fácil olhar para fora e dizermos que o mundo está mal.
Criticar o sistema capitalista que nos corrompe o mundo. Mas… não estamos nós a alimentar esse mundo dentro de nós?

As mudanças externas permanecem no tempo como extensão das realidades internas.

Se queremos ver fora.
Comecemos pela coerência de cada uma de nós…

Com amor,
Judite

 

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