Celebrar a ancestralidade

Amanhã celebro 39 e 64 anos do tempo que estive no ventre de cada uma destas mulheres.

Sim!
Muitas vezes andamos nas nossas azáfamas e esquecemo-nos que quando nascemos, não nascemos do zero.

Que passámos tempo no ventre da nossa mãe e que retemos todos os acontecimentos desse tempo: das alegrias às preocupações, ao que foi dito e sentido, até ao pensado.

Que passámos tempo no ventre das nossas avós maternas, pois o óvulo fecundado que nos deu origem, é formado no ovário da nossa mãe, acontece no tempo em que ela mesma estava no útero da sua. Com toda a memória que daí advém. Sentida.

Que herdamos a informação das vivências dos nossos ancestrais, gravadas no adn das células de todos os que nos conceberam até então.

Esquecemos disso tudo. E com isso, exigimos tanto de nós mesmos. E pouco abraçamos a amorosidade da nossa história passada.

Porque não começamos do zero quando nascemos, na dinâmica da nossa família.

Porque não começamos do zero quando nascemos, na dinâmica da alma que alinha no corpo nascido nessa mesma família.

Que somos o conjunto desse todo. E por isso, não fazemos o caminho desprovidos de completa individualidade. Porque somos parte de um todo. De uma mandala. De uma constelação.

Honremo-la!

Com amor e em modo celebração da vida em pré-aniversário,
Judite