Tantra é muitas vezes confundido com os conceitos de difusão que o neo-tantra, recriou no ocidente, desconectado do contexto divino onde as escrituras Tantrikas assentam.

Esta é uma filosofia devocional e pura, que assenta no amor, na castidade e que apela a todas as interações, inclusivamente, a sexualidade, como sagradas.

E urge desmistificar a perceção errónea que o ocidente criou, ao deturpar e isolar os ensinamentos milenares, que não fazem qualquer sentido, na verdadeira e original filosofia, que apela e opera na alta consciência.

A filosofia Tantrika, que deriva das escrituras sagradas – Tantras – que cultuam o amor como parte do evolução humana e espiritual numa só.

Aqui inclui-se a prática da atenção e do momento presente, da boa alimentação, do movimento e consciência do corpo, em todos os seus domínios, da vida com alegria, dança, riso e arte, e, acima de tudo com consciência de que somos parte do todo, onde se inclui o respeito pela natureza e pelos demais seres humanos. 

Em suma… numa conexão de alma em todos os relacionamentos, a começar no que temos connosco mesmas.

Ao contrário de outras filosofias nascidas na India, os Tantrikas não se descriminam nem em raças, nem castas, nem géneros.

Pelo contrário, integram amorosamente todas as existência como especiais.

Consequentemente existe um culto matrifocal muito presente: um respeito profundo pela Mãe Divina Shakti que tudo gera, nutre e é tomada em ação pela força e convite à transformação por Shivá.

As duas partes formam uma só, porque temos tudo dentro de nós: “Om Namah Shivaya” (eu curvo-me ao meu EU Divino interior).

Nesta  devoção mútua entre o feminino e masculino divinos que existem dentro de todos nós, podemos resgatar, através da prática do Yoga da vida, o poder da nossa centelha que a Força Criadora Universal plantou dentro de cada um de nós, e que se encontra adormecida, à espera de ser despertada e potenciada: a Kundalini.

Enfim, esta é a chave para uma vida mais plena e consciente.