As revoluções dentro de nós

Amo passar o meu tempo com a praia de fundo, mas é no verde que me entendo.

Quando preciso de mergulhar dentro de mim, preciso de me rodear da mãe que se reflete no reflexo verde, no chilrear dos pássaros, no tilintar da água na pedra, no aroma a terra, no silêncio ritmado do seu coração.

Hoje, dia que tinha planeado voltar activamente ao trabalho, tratar de todos os emails, propostas e programas que deixei pendentes à minha espera.
Tantos planos. Tantas certezas com que deixei mergulhar no sono, quantas as incertezas com que acordei.

A vida muda num ápice. A minha parece que mudou mil vezes nos últimos dias.
Talvez seja por isso que fujo tanto de pausas. Talvez o meu fogo interno, o meu centro apaixonado pela vida tema perder o controlo, mesmo das coisas descontroladas.

Quando faço pausas do meu foco no fazer, calo a minha voz virginiana do meu sol. E aí a minha ascendencia sagitariana, que anda sempre aqui a provocar, toma as rédeas da cena.

Ufff… que loucura. Se me sinto sempre nesta louca dualidade virgem-sagitário a medir forças, ainda vem a minha Lua, de Leão, de ego inflado pois está a passar pela casa do seu Sol.

Não me aguento do que queima dentro de mim.
Um misto de vou em frente com tudo, como o meu fogo sempre me convida.
E um “vou mandar tudo à merda”, que o mesmo fogo incita.

Hoje, com as ferramentas que disponho, consigo compreender-me. E sou grata por toda esta sabedoria que permiti entrar na minha vida.

Então pensei. Em balanço desta década que antecipo no seu último ano (daqui a 2 semanas cumprimento os meus 39 aniversários), como me achei louca e me afoguei doente, antes de me compreender tanto assim.
Há 10 anos eu estava tão, mas tão perdida. Químicamente dependente de ansioliticos para não pirar no pânico.

E agora, como em todos os desafios que me coloco. Sim, que me coloco, mergulhando em consciência, lido tão bem com eles.
Apenas porque me entendo e sei que estou certa em ser eu mesma, em recusar as caixinhas, em afirmar as minhas convicções, em lutar por as coisas que quero sem “ses”, sem medos e pudores dos julgamentos alheios.

Hoje acordei com este fogo no peito, porque há tanta coisa a acontecer e eu não quero chegar a todas…
Então este reboliço acontece, apenas porque chegou o momento de mudar novamente de rumo, para ir ao caminho mais desafiante para mim.
E eu estou pronta. E eu sei disso. Mas para isso terei de libertar de novo as amarras. Partir. E deixar tantas outras coisas para trás.

Com amor e confiante para os novos desafios
Judite

P.S.:
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